Páginas

sábado, 1 de setembro de 2012

História do Hino da Bandeira Brasileira! Letra e música



O Hino à Bandeira surgiu de um pedido feito pelo Prefeito do Rio de Janeiro, Francisco Pereira Passos, ao poeta Olavo Bilac para que compusesse um poema em homenagem à Bandeira, encarregando o professor Francisco Braga, da Escola Nacional de Música, de criar uma melodia apropriada à letra. Em 1906, o hino foi adotado pela prefeitura, passando, desde então, a ser cantado em todas as escolas do Rio de Janeiro. Aos poucos, sua execução estendeu-se às corporações militares e às demais unidades da Federação, transformando-se, extra-oficialmente, no Hino à Bandeira Nacional, conhecido de todos os brasileiros.
A atual Bandeira Nacional foi adotada pelo decreto n.° 4, de 19 de novembro de 1889, quatro dias após a Proclamação da República (15 de novembro de 1889). Sua elaboração foi realizada por Raimundo Teixeira Mendes (positivista), Miguel Lemos (diretor do Apostolado Positivista do Brasil), Manuel Pereira Reis (astrônomo) e Décio Vilares (pintor).
A bandeira do Brasil é formada por um retângulo verde, no qual está inserido um losango amarelo, cujo centro possui um círculo azul com estrelas brancas (atualmente 27) e com uma faixa branca, que contém a frase: “Ordem e Progresso”. Cada elemento da bandeira possui um significado:
Verde: simboliza a pujança das matas brasileiras;
Amarelo: representa as riquezas minerais do solo;
Azul: o céu;
Branco: a paz;
Estrelas brancas: representa cada estado brasileiro e o Distrito Federal;
A frase “Ordem e Progresso”: influência de Augusto Comte, filósofo francês fundador do positivismo.
As estrelas na Bandeira Nacional estão distribuídas conforme o céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889, no qual a Constelação do Cruzeiro do Sul se apresentava verticalmente em relação ao horizonte da cidade do Rio de Janeiro. Entretanto, Raimundo Teixeira Mendes elaborou um desenho contrariando alguns aspectos da astronomia, priorizando a disposição estética das estrelas, e não a perfeição sideral.
A primeira versão da bandeira era composta por 21 estrelas, que representavam os seguintes estados: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba do Norte (Paraíba), Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Município da Corte.
Posteriormente, foram inseridas novas estrelas, através das modificações da Lei n° 5.443, de 28 de maio de 1968, que permite atualizações no número de estrelas na Bandeira sempre que ocorrer a criação ou a extinção de algum estado. Nesse sentido, seis estrelas foram inseridas para representar os estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins. Essas foram as únicas alterações na Bandeira do Brasil desde que ela foi adotada.
A Bandeira Nacional é um dos símbolos mais importantes do país, devendo ser hasteada em todos os órgãos públicos, escolas, secretarias de governo etc. Seu hasteamento deve ser feito pela manhã e a arriação no fim da tarde. A bandeira não pode ficar exposta durante a noite, a não ser que seja bastante iluminada.
Durante toda sua história, o Brasil teve várias Bandeiras até que se concretizasse a atual. Confira todas elas:
 

Bandeira de Ordem de Cristo (1332 - 1651)

Bandeira Real (1500 - 1521)

Bandeira de D. João III (1521 - 1616)

Bandeira do Domínio Espanhol (1616 - 1640)

Bandeira da Restauração (1640 - 1683)

Bandeira do Principado do Brasil (1645 - 1816)

Bandeira de D. Pedro II, de Portugal (1683 - 1706)

Bandeira Real Século XVII (1600 - 1700)

Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve (1816-1821)

Bandeira do Regime Constitucional (1821- 1822)

Bandeira Imperial do Brasil (1822 - 1889)

Bandeira Provisória da República (15 a 19 de Novembro 1889)

Bandeira da República Federativa do Brasil (19 de Novembro de 1889 até os dias atuais).

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola



DADOS IMPORTANTES SOBRE A BANDEIRA DO BRASIL:



                                                  para baixar o Hino da Bandeira clique aqui


                                             Identificação das estrelas da Bandeira do Brasil:

Partitura com o Hino da Bandeira Nacional


QUEM FOI O AUTOR DO HINO A BANDEIRA?
BIOGRAFIA DE OLAVO BILAC



Os amantes da literatura certamente aplaudem a decisão de Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, que abandonou os cursos de medicina e direito para se dedicar à poesia. Além de poeta, foi jornalista, crítico, inspetor da Instrução Pública e membro do Conselho Superior do Departamento Federal. Pertenceu à Escola Parnasiana Brasileira, sendo um dos seus principais representantes, ao lado de Alberto de Oliveira e Raimundo Correia. Para os seus mais fervorosos admiradores, Olavo Bilac nasceu mesmo predestinado à poesia, pois o seu nome completo é um verso alexandrino (12 sílabas poéticas).

Membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira número 15 da entidade, cujo patrono é outro poeta: Gonçalves Dias. A sua preocupação em atingir a perfeição é refletida em alguns poemas, que possuem uma grande beleza pelo ritmo e sonoridade. Boêmio inveterado, Olavo Bilac também foi um dos maiores defensores da abolição da escravatura, unindo-se a José do Patrocínio.

Começou a ganhar fama entre os escritores brasileiros com a publicação de "Poesia" (1888). Doze anos mais tarde, seguiu para Paris como correspondente da publicação "Cidade do Rio". Encantando com a capital francesa, Olavo Bilac passou a visitar regularmente a cidade, nos anos seguintes.

Um dos fundadores da Liga da Defesa Nacional (da qual foi secretário-geral), lutou pelo serviço militar obrigatório, que considerava uma forma de combater o analfabetismo. Na adolescência, foi bastante influenciado pelos poetas franceses. Suas poesias revelam uma grande emoção, um certo erotismo e influência marcante da poesia portuguesa dos séculos 16 e 17. Nas duas primeiras décadas do século 20, os seus poemas eram declamados em saraus e salões literários, comuns na época

A correção da linguagem, o rigor da forma e a espontaneidade são as principais características de seus versos. Além de "Poesias", publicou também "Crônicas e Novelas", "Conferências Literárias", "Ironia e Piedade", entre outras obras, como crônicas, conferências literárias, discursos, livros infantis e didáticos.. Olavo Bilac, autor do Hino à Bandeira Nacional, fez oposição ao governo do marechal Floriano Peixoto. Perseguido pelo governo do marechal, Olavo Bilac ficou um tempo escondido no interior de Minas Gerais. Quando regressou ao Rio, foi preso.

O talento literário de Olavo Bilac começou a ser notado quando ela tinha 19 anos. Em 1884, o seu soneto "Nero" foi publicado na "Gazeta de Notícias", à época um dos mais importantes jornais do Rio de Janeiro. No começo do século 20, o reconhecimento nacional: foi eleito o "príncipe dos poetas brasileiros", pela revista "Fon-Fon", que realizou um concurso. Um dos destaques de sua obra é o livro póstumo "Tarde", publicado em 1919, ano seguinte à sua morte. Olavo Bilac também fundou vários jornais, como "A Cigarra", "O Meio" e "A Rua", que tiveram vida efêmera.




Nenhum comentário:

Postar um comentário